Couraça do defunto

No final das contas eu nem existo.
Não sei se tenho um futuro, nem se haverá caos no meu lar

Não há ninguém a conta
Não há ninguém pra falar
Tal como uma armadura de espinhos
Eu só posso me calar
Só posso fingir que sou tão bom
Talvez, simplesmente não ligar

Eu prefiro, naturalmente, acreditar que sou imbatível
Inabalável
Uma couraça de um defunto 
Inacessível para ouvir múrmuros

Se o caminho da cura é a doença
O caminho do triunfo é a dor
Sem atalhos, sem estradas largas
a única sentença da vitória 
tem seu preço como angústia

Pague ou renda-se  
 




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